quinta-feira, 9 de julho de 2009

ORIGEM DA FAMÍLIA SILVA


"No Império Romano, o nome era um apelido que designava os habitantes das cidades provenientes da selva. No século I a.C., quando os romanos invadiram a Península Ibérica, muitos lusitanos acabaram incorporando a alcunha. Quinze séculos depois, quando chegaram ao Brasil, grande parte deles tinha o sobrenome Silva. Sua difusão acabou sendo incrementada pelos escravos, que chegavam aqui apenas com um nome, escolhido por padres durante as viagens nos navios negreiros. Com a abolição da escravatura, eles passaram a se registrar com o sobrenome dos seus antigos donos.
O linguista Flávio di Giorgio, da Pontifícia Universidade de São Paulo, lembra outro fator que pode ter ajudado a popularizar o Silva. Segundo ele, os portugueses que atravessavam o Atlântico recebiam acréscimos ao sobrenome original. "Quem ficava no litoral incorporava o Costa; quem ia para o interior ganhava o Silva, de Selva, explica. “Como a maioria dos escravos era de fazendas do interior, o Silva se espalhou ainda mais após a abolição.”
Uma das famílias mais ilustres da Espanha, ligada aos reis de Leão, tem o seu solar na Torre de Silva, junto ao rio Minho.
Procedem de D. Payo Guterre o da Silva, que foi adiantado de Portugal em tempo de el-rei D. Afonso I e representada em Portugal por D. Guterre Alderete da Silva, neto do ilustre D. Guterres Pais, governador de Maia.
O ramo mais nobre da família tem origem na Espanha, no período de dominação romana. No Brasil, o registro mais antigo é em São Paulo, da família de Pedro da Silva, alfaiate que veio de Portugal por volta de 1600, casou-se com Luzia Sardinha. Foi desembargador e ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Entre os primeiros ”Silva” há também degredados, como Domingas da Silva, de Évora, acusada de bruxaria e pacto com o demônio.

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